O deputado estadual Georgiano Neto (MDB) reagiu às declarações do senador Marcelo Castro (MDB) sobre uma possível aliança entre PT e Progressistas no plano nacional e seus impactos no Piauí, especialmente na formação da chapa majoritária para 2026. Georgiano destacou que o PSD, como integrante da base do governador Rafael Fonteles (PT), tem interesse em ocupar uma vaga na chapa, defendendo o nome do deputado federal Júlio César (PSD) para concorrer ao Senado.
“"Existe muita especulação, e tenho grande admiração pelo senador Marcelo Castro, mas lamento profundamente essa declaração. Ao mesmo tempo em que ele admite que uma possível vinda do senador Ciro Nogueira para a base do governo o tornaria naturalmente um dos candidatos ao Senado, ele acaba, de certa forma, se autoexcluindo ou excluindo o nome do deputado Júlio César de uma eventual chapa em 2026. O que precisamos é de unidade na base, com um discurso uniforme de todo o grupo político, defendendo o time que sempre esteve do nosso lado e que é liderado pelo governador Rafael Fonteles”, afirmou Georgiano.
O parlamentar destacou que, para haver entendimento, é necessário que o MDB demonstre reciprocidade em relação ao projeto do PSD. Ele também alertou que, caso isso não ocorra, a possível fusão MDB e PSD para disputar vagas na câmara federal e estadual pode se tornar inviável.
"E, se o MDB tem a intenção de repetir o entendimento de 2022, precisa olhar com bons olhos para o projeto do PSD. Sem essa reciprocidade, a possível fusão cruzada também ficará distante em 2026."
Georgiano reforçou que o PSD está comprometido com o fortalecimento do grupo político liderado por Rafael Fonteles, mas ressaltou que a lealdade deve ser valorizada no momento de definir a composição da chapa.
A possibilidade de aliança entre PT e Progressistas tem movimentado os bastidores políticos no Piauí e em Brasília. Caso o acordo seja concretizado, um dos partidos da base terá que abrir espaço para Ciro Nogueira, criando um cenário de disputa interna para 2026.