Laudo aponta que gato pode ter causado explosão no restaurante Vasto
A análise da explosão no restaurante Vasto, do grupo Coco Bambu, ocorrida em dezembro do ano passado na zona leste de Teresina, foi conclu&iacu...
A análise da explosão no restaurante Vasto, do grupo Coco Bambu, ocorrida em dezembro do ano passado na zona leste de Teresina, foi concluída pela perícia criminal. O laudo aponta que o vazamento de gás que resultou na explosão pode ter sido causado, acidentalmente, por um gato que caminhava pela cozinha do restaurante durante a madrugada.
"Estava presente no local [cozinha do restaurante] um animal doméstico de estimação, um gato, que transitava pela cozinha em vários pontos e em horário compatível com o momento em que o vigilante sente o vazamento de gás [...] O felino que possuía porte e tamanho compatível para um possível acionamento acidental de equipamento ou em outro caso até mesmo retirada de mangueira de acoplamento", diz o laudo.
De acordo com a investigação, um vigilante do restaurante sentiu um forte cheiro de gás na cozinha por volta da 3h24. O gás teria vazado por pelo menos 3 horas, até que às 6h25, um auxiliar de manutenção que havia dormido dentro do restaurante chega e também percebe o cheiro do gás.
O auxiliar então acionou um exaustor presente na cozinha, na tentativa de dissipar o gás que estava confinado, mas o interruptor do exaustor causou uma faísca, que foi o 'gatilho' para a explosão.
Após a explosão, o auxiliar de manutenção sofreu queimaduras e ficou desacordado. Ele acordou momentos depois e buscou socorro no estacionamento do restaurante, onde já estava uma ambulância.
O laudo levanta ainda outras duas hipóteses para o início do vazamento do gás. Uma delas é que uma falha em um regulador de pressão da rede de gás causou uma pressão muito alta, forçando o surgimento de vazamentos. No entanto, não foi possível realizar testes no regulador, porque ele não foi entregue aos peritos.
"[O regulador] estava instalado na central de gás e que seria necessário para ser removida a utilização de ferramentas específicas e técnico especializado para evitar novo vazamento e/ou defeito no equipamento, ficando acordado de após a sua retirada fosse encaminhado para o Instituto de Criminalística, fato que foi enviado por duas vezes, mas constatado que não seria o regulador original que estava na casa de gás no dia do fato", diz o documento.
A outra hipótese é a de falha em algum outro equipamento, sejam na fabricação, instalação ou operação. Mas a situação de destruição dos restaurantes impossibilitou a análise apurada de todos os equipamentos da cozinha. O laudo apontou ainda para uma possível omissão ou negligência do vigilante que ouviu o barulho de vazamento e sentiu cheiro de gás logo depois do início, por volta das 3h.